quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Paranormalidade: Entrevista com Charles Ferreira de Souza

Certa vez, conversando com uma amiga, comentei que me consultava com um paranormal. Apresentando um semblante característico de deboche, me perguntou: "Ele é paranormal mesmo ou é daqueles picaretas que enganam as pessoas?", depois completou: "Esse negócio de paranormalidade me dá medo!". Não me contive e acabei rindo antes de tentar reduzir, pelo menos um pouco, aquela visão distorcida sobre o tema.
É bem verdade que existem charlatões que se intitulam paranormais para abusar da boa fé e desespero das pessoas, mas, como em todas as profissões, sempre existem os "laranjas podres" que mancham a classe. No entanto, creio que os fatores que mais prejudicam são a desinformação e o preconceito. O pouco de informação que existe, normalmente, é deturpada e a imagem que se tem de paranormalidade é que é ligada ao fúnebre, ao bizarro ou ao mal.
Diante do exposto, decidi compartilhar uma entrevista que minha esposa, Caroline Marques, fez com o paranormal Charles Ferreira de Souza. São explicações muito elucidativas que, certamente, contribuirão para a melhor compreensão do tema.



Segue a entrevista na íntegra: 

O tema “Paranormalidade” é ainda cercado de tabus. Mais que um dom inato, os estudiosos das Ciências Paralelas já sabem que somos cercados de habilidades extrassensoriais que podemos desenvolver, através de exercícios e estudos. Os cinco sentidos, comumente conhecidos, são a ponta de um gigante iceberg de possibilidades para o ser humano.
Charles Ferreira de Souza é um forte exemplo disso. Aos 07 anos, ele vivenciou sua primeira experiência extrassensorial e não parou por aí. Hoje, aos 39 anos, além de seu autodesenvolvimento, apoia outras pessoas no desenvolvimento de suas habilidades, atuando há mais de 20 anos como Terapeuta em várias cidades brasileiras, principalmente Belo Horizonte-MG, onde reside. É também Palestrante e ministra cursos em todo Brasil.
Confira a seguir a entrevista que ele concedeu ao site Ciências Paralelas, conheça mais a sua história e sobre esse tema instigante!
CP: Charles, comece nos relatando brevemente sobre sua trajetória.
Eu comecei a vivenciar experiências chamadas “fora do corpo” aos 7 anos de idade. Resumidamente, eu tentei pegar água no filtro e minha mão não segurava o copo. Tentei pedir ajuda à minha mãe, mas ela não me escutava. Ao retornar ao meu quarto, vi meu corpo físico e recebi a orientação de que no futuro eu entenderia melhor este fenômeno e que passaria a vivenciar experiências como aquela todas as noites. Num primeiro momento, não entendia o que ocorria, mas aos poucos, passei a receber orientações frequentemente.
Fiquei muito impressionado com essas experiências e busquei respostas na religião. Mas tudo era associado a uma figura demoníaca e, como não acreditava que poderia ser “algo ruim”, decidi me afastar.
Foi numa banca de revistas que minha vida tomou outro rumo. Vi um jornal chamado Kiron, que trazia uma matéria intitulada: “Experiências fora do corpo: você acredita?”. A partir disso, descobri duas abordagens importantes e decidi fazer formação em Projeciologia e Psicotranseterapia.
Nessas formações, comecei a vivenciar as primeiras captações, que é uma experiência na qual você pode, através de sua habilidade mental, captar emoções, sensações e dificuldades de outra pessoa.
Fui orientado a fazer Psicologia, mas não me adaptei. Acabei me especializando em Psicologia Transpessoal, que era mais aderente ao que eu acreditava. Também procurei estudar outras técnicas e terapias alternativas, como florais e Yoga. Mas não me limitei, pois acredito que o ser o humano não pode ter limites e também estudei a Parapsicologia, que está mais relacionada ao meu trabalhado atual.
CP: A própria Psicologia tradicional não tem respostas para os fenômenos que você relata…
Exatamente, a Parapsicologia também não. Não se mostra claramente o detalhamento dos fenômenos. Vou dar um exemplo: ao estudar a o que é psicocinesia, temos a definição de que é a ação da mente sobre a matéria. Mas como se processa isso, essa ação sobre a matéria? Não há uma explicação convincente a respeito, só se sabe que é a mente que consegue atuar sobre a matéria.
Além disso, a Parapsicologia entende que os fenômenos não são controlados, são involuntários. E isso me incomodou, pois eu acredito que é possível aprimorar nossas habilidades e, para isso, é importante ter o controle das mesmas.
Como disse antes, eu também estudei Yoga, mas especificamente o Swasthya Yoga, na metodologia De Rose, que fala sobre os fenômenos paranormais e sua inter-relação com os chakras e níveis energéticos. O De Rose é um grande professor, um grande mestre, mas eu ainda buscava um caminho mais abrangente.
Eu tive uma passagem pelo projeto RAMA, liderado pelo Charlie Paz Wells. Eles estudavam as habilidades mentais e as interações com extraterrestres – e esse era um assunto fascinante.
Mas foi quando eu conheci o Projeto Portal que encontrei um caminho, porque abriu um campo bem interessante e abrangente para unir todos esses conhecimentos que acumulei ao longo da minha trajetória.
CP: Qual foi o diferencial?
O Projeto Portal não tem limites, a sua mente pode buscar o conhecimento não apenas teórico, mas também prático.
Você pode entender o que é a Psicocinesia porque o líder deste grupo, Urandir Fernandes Oliveira, é também um Paranormal e, assim como eu, viveu os mesmos dilemas. E ele conseguiu se desenvolver, não tratava o fenômeno como involuntário, mas passou a controlar e modificar a matéria.
Como Pesquisador, fiquei muito atento e o testei de todas as formas possíveis – e eu entendi o processo, compreendi como a mente pode, sim, agir sobre a matéria.
Foi o único lugar que consegui entender este processo. Mas, principalmente, o fato de que é você que cria o potencial em você, desenvolve a capacidade no seu próprio corpo. Se você está sadio, mantém sua mente acelerada, consciente dos fenômenos, você pode controlar e desenvolver suas habilidades.
Mais que teorias, eu tive provas concretas.
CP: Como você relatou, sua primeira experiência extrassensorial ocorreu bem jovem. Na sua visão as pessoas “nascem” paranormais ou “tornam-se” paranormais?
Na minha experiência pessoal e como Terapeuta, eu observo que você nasce com as habilidades em potencial. Isso porque, em outras existências suas, você acessou esse conhecimento, teve esse tipo de experiência em outras vidas. Mas existe um período de despertar esse conhecimento, por isso requer estudo e desenvolvimento ao longo da vida, não importa a idade. Requer dedicação.
A experiência paranormal, as habilidades paranormais ou habilidades mentais são desenvolvidas a partir do momento que você quer. Vou te dar outro exemplo: se você decide ser um Pianista, você precisa treinar, estudar e desejar profundamente aprender este instrumento. Precisa acreditar que será um grande Pianista. Este futuro Pianista precisará “respirar” aquele conhecimento e é a dedicação dele que mostra até onde ele irá chegar.
O mesmo ocorre com as habilidades mentais. Você pode dizer para si: “eu quero desenvolver”. Mas aí começa um treinamento bem superficial, um pouquinho ali, um pouquinho lá…. lê um livro, mas não termina, começa a estudar e deixa para depois…. não cuida do seu corpo físico. Nesse caso, não há como se desenvolver.
Porque as habilidades mentais fazem parte de uma outra realidade, é uma outra parte dentro de você que você precisa aprender a ouvir – é um mundo sutilizado que você precisa vivenciar. Quando você consegue fazer isso, aí você consegue aprofundar suas habilidades mentais, aí você começa a escutar o mundo sutil, pois você começou a perceber as nuances que seus olhos não enxergavam, que sua mente não conseguia até então interpretar. É nesse momento que você começa a ter uma percepção mais avançada.
CP: Então as habilidades acontecem como uma consequência da dedicação de cada pessoa…
Exatamente. As habilidades mentais são desenvolvidas a partir do momento que você se dedica a elas, vai depender somente de você. Você pode desenvolver a Telepatia em anos, em meses…. em um mês, talvez. Dependerá de sua dedicação e da afinidade que você possui com este assunto.
CP: Para quem não é familiarizado com esse tema, quais as principais habilidades mentais?
Nós temos na Parapsicologia dois estudos sobre as habilidades mentais: “Psicapa” e “Psiteta”. A primeira tem a ver com todas as habilidades relacionadas ao mundo físico e com o envolvimento da mente sobre a matéria. A segunda relaciona-se com o extrassensorial. Vamos lá:
Psicapa: podemos exemplificar com as habilidades de Psicocinesia e a Telecinesia. A diferença marcante entre as duas é que na Telecinesia a mente pode atuar sobre a matéria a distância. Também vale citar as sonoplastias, que são “batidas” (em portas, paredes, por exemplo) e são efeitos produzidos por frequências vibracionais humanas, na mente dos humanos ou através de seres energéticos, como os Ultras (veja mais sobre em nosso site: http://www.cienciasparalelas.com.br/?p=1076)
Psiteta: temos a Clarividência que seria a habilidade de ver claramente o mundo energético. Algumas pessoas são capazes de olhar para outra pessoa e ver “manchas” vermelhas e azuis, às vezes pretas – dependerá de como o campo desta pessoa está, de como estão suas emoções.
CP: Na Clarividência, é possível enxergar o campo biomagnético de uma pessoa? (veja mais sobre em nosso site:http://www.cienciasparalelas.com.br/?p=1621)
É, mas tem uma diferença que é interessante ser colocada. Uma coisa é clarividência (o nome já diz que é ver claramente), outra é a distorção visual. Se, por exemplo, eu olho fixamente para um objeto, eu vou ver uma distorção, uma marca do lado do objeto – e isso não é habilidade extrassensorial. Existem, ainda, alguns outros problemas de visão também, que algumas pessoas veem manchinhas ou objetos em duplicidade, isso tem mais a ver com problemas físicos.
Na Clarividência você verá, por exemplo, uma “mancha” de uma cor verde neon do lado do seu pescoço e aquela “mancha” poderá crescer ou desaparecer, se você foca nessa imagem ou está disperso. Um ponto interessante é que se você mantém um estado de equilíbrio mental e emocional – que eu chamo “Estado de Graça” – é possível ter uma visão bem clara dessa “mancha” e controlar a intensidade da imagem que observa.
Isso é o início do processo, chamado Clarividência em nível 01, na qual você poderá, por exemplo, ver umas “piscadinhas” no ar, que são os Ultras. Ou, ainda, poderá ver o campo áurico de algumas plantas ou pessoas. A cor mais comum é o verde neon, mas poderá ver branco ou violeta, sendo esta última cor muito comum em mulheres grávidas.
Ao avançar, em nível 02, há um maior aprofundamento, é possível identificar, por exemplo, o campo biomagnético claramente, com suas oscilações, conforme a mudança emocional.
Em nível 03, é possível identificar formas-pensamento neste campo. Quando temos um pensamento, há uma projeção no seu campo que forma imagens que podem permanecer no campo de uma pessoa por algum tempo. E nesse estágio, conseguimos identificar mais claramente o estado emocional dessa pessoa, como está sua frequência.
No nível 04, além dos itens acima é possível identificar também o grau de toxina daquela pessoa. O campo torna-se tão nítido, que ela “exala” o que come e como está vivendo – permite, assim, identificar o quanto está intoxicando o seu organismo, seja com alimentos ou com emoções negativas.
Por fim, no nível 05, ela poderá ver e vivenciar o que está além deste mundo físico que comumente enxergamos. Nesse estágio, é possível que enxergue a frequência de outros seres, como os Ultras.
CP: Além da Clarividência, a Clariaudiência também é uma habilidade…
Sim, é a capacidade de você ouvir o mundo energético ou ouvir frequências sutis que, normalmente, você não ouviria. Muitas pessoas escutam, às vezes, estão deitadas na cama e escutam chamar um nome delas. Aquele chamado pode ser dos Ultras ou de outros seres energéticos que, num treinamento, buscam interagir com a pessoa.
CP: Podemos inferir que “sair fora do corpo” é uma habilidade Psicapa?
Não. Essa habilidade é uma experiência fisiológica. Todo ser humano tem essa capacidade, é uma necessidade fisiológica que o corpo tem de entrar em contato com frequências sutis.
Você pode ter contato, basicamente, com dois tipos de experiência. Uma primeira com frequências aceleradas, que trazem imagens muito vivas, coloridas, dinâmicas. Mas poderá também acessar frequências espirituais mais densas como, por exemplo, de suicidas.
Nessas oportunidades e com treino, poderá acessar o que chamamos “futuros prováveis”. São assim chamados porque é uma possibilidade e, ao conhecê-la, é possível alterar este percurso. O entendimento disso está muito associado ao quanto conseguimos desprender energicamente de nosso corpo físico e o quanto estamos conscientes disso.
Isso porque todos nós vivenciamos, já que é uma condição fisiológica, mas nem todos nós estamos conscientes dessa experiência. Tornar a experiência consciente requer estudo e treino.
Dependerá também do nível de toxina, ou seja, se você está intoxicado com uma alimentação inadequada e pensamentos negativos, não há como manter sua mente consciente dessa experiência. Para exemplificar: os pesadelos são toxinas mentais fixadas no corpo ao longo da vida. Às vezes dizemos que um pesadelo não tem relação com nada que estou vivendo. Mas há relação sim, com sentimentos de raiva, ódio, tristeza que estão acumulando ao longo do tempo e o pesadelo manifesta o quanto seu corpo está saturado por aquela frequência, gerando uma reação em cadeia, chamada Psicoquimicabiológica. O que você pensou gerou reações diretamente no seu corpo. Nessas condições, além de vivenciar experiências extracorpóreas em frequências densas, não há como torná-las plenamente conscientes.
CP: Para uma pessoa iniciar esse caminho e ativar suas habilidades, quais são os primeiros passos?
O primeiro passo, se você quiser desenvolver as atividades mentais, é necessário se tornar consciente de sua decisão e do mundo a sua volta. Desenvolver suas habilidades possibilitará você se tornar mais consciente em relação à vida, às pessoas à sua volta e o que acontece.
Daí, novamente, ter o emocional equilibrado será crucial para avançar neste caminho. Haverá um momento em que você começará a captar as vibrações das demais pessoas, mas elas só irão te influenciar se você assim permitir. Existem os fanáticos que dizem não frequentar determinado local por considerar a “energia ruim” ou não se relacionar com determinada pessoa porque a “energia está carregada”.
Pensar dessa forma é totalmente equivocado, porque as habilidades mentais estão aí para que você possa ajudar as pessoas, não para evitá-las. Estão aí para que você seja uma pessoa melhor para você mesmo, para que você possa crescer, não para te paralisar.
Então, quem quer desenvolver as habilidades mentais, deve ter consciência de que vai entrar num mundo diferente, que irá sutilizar o seu campo e, por isso, ela deverá ter a mente firme e forte para poder seguir.
Um outro passo importante é manter uma “mente flexível” para todo conhecimento que chegará. Deve ler muito e não prender-se a conceito único, a uma verdade absoluta. Se não ficará presa a conceito de valores e criticará pessoas e conhecimentos que podem ser importante no percurso. Fundamental aprender a desaprender!
E você deve praticar atividade física. Porque, quando você faz atividade física, você desenvolve a capacidade de ter mais energia no corpo. O próprio corpo cria anti-inflamatórios necessários para você tenha um organismo mais resistente e fortalecido para suportar este mundo energético. A atividade física favorece a energia chamada Taquiônica, que é a carga elétrica do corpo e precisa estar elevada. Com a carga elétrica baixa, corre-se o risco de tornar-se um hipersensível totalmente adoecido, como tantos casos que escutamos.
Resumindo: eu posso fazer mil leituras, ter uma grande preparação teórica, mas se eu não tiver um corpo forte pra sustentar isso, não há como avançar.
CP: De que forma a paranormalidade influencia a sua profissão?
As minhas habilidades são importantes para que eu possa, por exemplo, identificar a melhor abordagem de trabalho com cada pessoa. Ao acessar o campo de uma pessoa, eu posso saber o quanto ela quer avançar, quais os trabalhos mais adequados. E assim, eu também apoio para que ela se conscientize do que ela quer. Isso acelera muito o processo, pois posso trabalhar mais com o que eu percebo do que o que ela diz quando estou iniciando um novo trabalho.
Mas o fato de perceber não me dá o direito de “escancarar” o que vejo. Tenho que respeitar o espaço e os limites de cada um. Eu preciso trabalhar, muitas vezes, em “doses homeopáticas”, para que ela possa assimilar estes conhecimentos.
CP: Você já teve oportunidade de apoiar outras pessoas a desenvolver suas habilidades mentais, tal como você desenvolveu as suas?
Sim, eu tive a oportunidade de desenvolver as habilidades mentais de várias pessoas. E o que eu observo acontecer muito na minha prática é que, assim que a pessoa observa os primeiros progressos, o “ego” toma conta de suas ações. E como isso atrapalha! O sensitivo sente-se um “deus” por ter um conhecimento diferenciado da maioria das pessoas
E, nesse momento, ela começa a se perder, porque perde o foco. É importante o entendimento de que não há nada de extraordinário nisso, que continuamos sendo como as demais pessoas, comendo, dormindo, chorando, sorrindo. Não nos tornamos super-homens!
Esse caminho tem um “quê” de infinito e, se acreditamos que já temos tudo, que somos superiores, perdemos uma grande oportunidade de avançar. Se você se desenvolveu e ficou bem, você tem ainda milhões de caminhos para continuar seguindo em frente e tornar-se cada vez melhor.
Esse é o caminho! E quando você cai, tem que saber levantar – precisa direcionar a sua energia continuar seguindo frente.
CP: Ao pesquisar sobre o tema, observamos que há pouca informação na chamada “grande mídia”. Na sua visão, por que isso acontece?
Primeiro, os pesquisadores de Parapsicologia mais cartesianos requerem tantas provas, tantas evidências, que o processo não avança. Tratam os casos como o “suposto paranormal”, o “suposto sensitivo”. E dessa forma, não há avanço, porque não temos ainda uma ciência capaz de averiguar tão detalhadamente cada um dos fenômenos.
Há ainda a mídia geral que, na minha visão, explora a premissa de que “não há provas”, visando, na verdade que a população permaneça ignorante. Quanto menor o conhecimento das pessoas, mais dependentes serão…. serão dependentes de remédios e de uma televisão que diga o tempo todo o que elas “podem” e o que “não podem”.
Mas a despeito de tudo isso, existem as pessoas que começam a perceber que têm potencial, que a cura está dentro delas, que podem ir em frente, que não precisam ficar presas (em culpas, mentiras, religiões). Essas serão grandes pessoas no planeta, elas poderão fazer muito por elas e pelos demais. E, claro, os grandes, os poderosos querem conter essas pessoas.
CP: Grandes pessoas incomodam e dão mais trabalho para serem “administradas”…
Exatamente, você veja, por exemplo, o Thomaz Green Morton, que é um grande paranormal. Ele não aceitou ser enquadrado “num sistema”, não aceitou ter seu potencial achatado e foi chamado charlatão. O mesmo ocorreu com o Uri Geller e o próprio Urandir, que citei ao longo dessa entrevista.
Essas pessoas foram pesquisadas por grandes cientistas, mas as conclusões são ignoradas. É mais fácil criticar do que pesquisar profundamente, buscar outros métodos de investigação, outras formas de análise para entender melhor a paranormalidade.
CP: Qual mensagem final você deixa aos nossos leitores?
A mensagem que eu colocaria é a seguinte: primeiro, façam atividade física. Segundo, busquem conhecimentos, para não serem escravos das mentiras que colocam na nossa mente.
Existem muitas realidades para além dessa que enxergamos. A vida não termina aqui. Sempre há oportunidade para mudar e avançar. Quem perdeu pessoas queridas ao longo da vida, pode apoiá-las e reencontrá-las. Esse entendimento é crucial para aliviar o sentimento de perda. Mas para isso, é muito importante que essas pessoas procurem estudar e avançar.
Sejam livres: livres para viver, para sentir, para pensar, para se conhecer, para aprofundar em si mesmos! Reduzam as toxinas alimentares e emocionais. E, antes de acreditar em qualquer coisa, pare, pense, reflita, foque, foque sua mente no que você quer buscar.
Sigam sempre em frente e sejam felizes!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

12 maneiras de jogar energia fora

Taí um texto que eu gostaria de ter escrito!

Há três dias me deparei com este texto criado pela terapeuta Vera Caballero. Achei tão interessante que resolvi publicá-lo aqui, na íntegra. A autora relata doze momentos do dia-a-dia, onde a energia da pessoa vai sendo gasta desnecessariamente e o seu padrão energético vai sendo minado. Desta forma, os desequilíbrios e a velha mania de colocar a culpa nos outros aparecem. Gosto sempre de dizer, que a chave para a mudança e o sucesso estão em nossas mãos, sob nossa responsabilidade, e este texto nos ajuda a perceber onde podemos "economizar" e potencializar nossa energia para enfrentar e vencer os desafios.




12 maneiras de jogar energia fora


Por *Vera Caballero

Todas as vezes que escrevo sobre energias, mais precisamente sobre o relacionamento energético entre os seres humanos, recebo dezenas de mensagens de leitores reclamando e pedindo soluções para o roubo de energia. Essas pessoas sempre apontam colegas de trabalho, familiares, amigos e determinados locais como os responsáveis pela sua debilidade energética. Não posso negar que realmente existem pessoas complicadas e ambientes não muito agradáveis.

Hoje chamaremos a atenção de vocês para alguns aspectos importantes. Por mais que existam pessoas desequilibradas e difíceis nós é que somos responsáveis pelas nossas energias e cabe a cada um de nós preservá-la e administrá-la da melhor forma possível. Existem “receitinhas”, orações, banhos, cristais e um arsenal de proteção, que são válidos e eficientes até um certo ponto. Porque aquele que não assume a responsabilidade por suas venturas e desventuras sempre estará vulnerável às energias ao seu redor.

Sabe por que o outro rouba a sua energia? Porque você deixa a porta aberta!!! E depois ainda diz que a culpa é do outro… Para ajudar a refletir, fiz uma listagem de doze atitudes (e olhe que a lista é imensa!) que gastam uma tremenda energia vital. Uma vez desvitalizado e sem proteção fica fácil para qualquer um chegar perto e perturbar seu equilíbrio. Use esta listagem também para pensar porque a prosperidade às vezes passa longe de você. A energia que seria usada para atrair o bem, a felicidade, o amor, o dinheiro acaba sendo gasta de forma inadequada. Confira a listagem e veja o que precisa ser modificado em sua vida!

1. A falta de cuidado com o corpo e hábitos errados

Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer sempre são colocados em segundo plano. A correria da vida diária e a competitividade das grandes cidades faz com que acabemos negligenciando aspectos básicos para a manutenção de nossa saúde energética. Quando a saúde física está comprometida, a aura se ressente, ficando menor e menos brilhante, comprometendo nosso sistema de defesa energético. Os exercícios físicos são sempre úteis por nos ajudar a movimentar e eliminar as energias estáticas. As pessoas que são dependentes químicos apresentam verdadeiros rombos na aura e isso as predispõe a toda sorte de assédios espirituais e vampirismo energético.

2. Pensamentos obsessivos

Pensar gasta energia e todos nós sabemos disso: ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho corporal. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos e esse é, aliás, um mal do homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando muita energia. Pensamos tanto que não sobra vitalidade para tomar uma atitude concreta e, o pior, alimentamos ainda mais o conflito.
Devemos não só estar atentos ao volume de pensamentos, mas também à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados nos recarregam, ao passo que a negatividade e pessimismo consomem energia e atraem mais negatividade para nossas vidas. Observe: pensando você conseguiu resolver o problema? Quase sempre a resposta é ‘não’. Então, mude de atitude.
Relaxe, use uma música suave e entregue o problema para o universo resolver. Mesmo que isso aconteça apenas por alguns poucos minutos. Durante esse tempo sua mente estará descansando. Quando a mente silencia, permite que sua intuição, seu anjo da guarda, Deus, Eu Superior ou o que você acreditar, converse com você e lhe traga inspiração e criatividade e isso se reverte em mais energia. Os meus alunos têm semanalmente 2 horas para fazer isso, o resultado é muito bom. Que privilégio, não?!!!!


3.  Sentimentos tóxicos

Se você sofre um choque emocional ou sente uma raiva intensa, pode estar certo, até o final do dia estará simplesmente esgotado energeticamente. Juntamente com a raiva você queimou altas doses de sua energia pessoal. Imagine agora um ser que nutre ressentimentos e mágoas, às vezes durante anos seguidos. De onde você acha que vem o combustível para alimentar esses sentimentos tão densos? Não é à toa que muitas dessas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas, afinal, a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade está sendo gasta na manutenção de sentimentos negativos.
Medo gasta energia, culpa também, já a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos e elevados, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima e principalmente a alegria e bom humor recarregam nossa energia e nos dão força para empreender projetos e superar obstáculos.


4. Fugir do presente

Onde eu coloco a minha atenção aí coloco a minha energia. É tendência freqüente do ser humano achar que no passado as coisas eram mais fáceis: ‘bons tempos aqueles!”. Tanto os saudosistas, que se apegam aos prazeres do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas e desatinos de tempos atrás, estão colocando suas energias no passado.
Por outro lado temos os sonhadores ou aqueles que vivem numa eterna expectativa do futuro, depositando nele sua felicidade e realização. Viver no tempo passado ou futuro faz com que sobre pouca ou nenhuma energia no tempo presente. E é somente no presente que você constrói sua vida. O passado e o futuro dependem unicamente do seu momento presente. Aquele que vive sempre no tempo errado não tem em mãos uma dose de energia suficiente para se proteger das energias e locais densos.


5. Falta de perdão

Perdoar significa soltar. Soltar ressentimentos, mágoas, culpas. Soltar o que aconteceu e olhar somente para a frente e viver o presente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos e gastamos menos energia alimentando feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres e abertos para a felicidade. Aquele que não sabe perdoar os outros e a si mesmo, fica ‘energeticamente obeso’, carregando fardos do passado e isso requer muita energia.


6. Mentira pessoal

Todos nós mentimos ao longo de nossas vidas e sabemos quanta energia é gasta posteriormente para sustentar a mentira e, quase sempre, acabamos sendo pegos. Imagine agora quando ‘você é a mentira’. Quanta energia gastamos para sustentar caras, poses, desempenhos que não são autênticos!!! Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos. A mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, a mártir, o intelectual, a lista é enorme. Quando somos nós mesmos a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço. O mesmo não é válido quando queremos desempenhar um papel que não é o nosso.


7. Viver a vida do outro

Ninguém vive só, através dos relacionamentos interpessoais evoluímos e nos realizamos. Mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio que traz senso de limite e respeito por si e pelo espaço do outro nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, será a frustração. Quando interferimos na vida alheia, nos misturamos com o carma negativo do outro e trazemos isso para nossa vida.


8. Bagunça e projetos inacabados

A bagunça afeta de forma muito negativa as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque bem legal para os períodos confusos é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa, os documentos e tudo o que mereça uma boa faxina. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem a mente e o coração. Pode não resolver o problema, mas nos ajuda bastante e traz um grande alívio.
Outra forma bem eficiente de perder energia é não terminar tarefas. Todas as vezes, por exemplo, que você vê aquela blusa de tricô que não concluiu, ela lhe diz inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou! E isso gasta uma energia tremenda! Ou você termina definitivamente a blusa ou livre-se dela e assuma que não vai terminá-la. O importante é tomar uma atitude.
O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da determinação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão tempo e energia.
E lembre-se, bagunça e sujeira são ótimas moradas para energias densas e desarmoniosas.


9. Afastamento da Natureza

A Natureza é nossa maior fonte de alimento energético e, além de nutrir, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energias.
A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais. Procure, sempre que possível, estar junto à Natureza. Você também pode trazê-la para dentro de sua casa ou local de trabalho. Além de um ótimo recurso decorativo, as plantas humanizam os ambientes, nos acalmam e absorvem as energias negativas e poluentes.


10. Preguiça, negligência

E falta de objetivos na vida. Esse ítem não requer muitas explicações: negligência com a sua vida denota também negligência com seus dons e potenciais e, principalmente, com sua energia vital. Aquilo do que você não cuida, alguém vem e leva embora. O resultado: mais preguiça, moleza, sono….


11. Fanatismo

Passa um ventinho: “Ai meu Deus!!!! Tem energia ruim aqui!!!” Alguém olha para você: “Oh! Céus, ela está morrendo de inveja de mim!!!” Enfim, tudo é espírito ruim, tudo é energia do mal, tudo é coisa do outro mundo. Essas pessoas fanáticas e sugestionáveis também adoram seguir “mestres e gurus” e depositar neles a responsabilidade por seu destino e felicidade. É fácil, fácil manipular gente assim e não só em termos de energia, mas também em relação à conta bancária!


12.  Falta de aceitação

Pessoas revoltadas com a vida e consigo mesmas, que não aceitam suas vidas como elas são, que rejeitam e fazem pouco caso daquilo que têm. Esses indivíduos vivem em constante conflito e fora do seu eixo. E, por não valorizarem e não tomarem posse dos seus tesouros – porque todos nós temos dádivas – são facilmente ‘roubáveis’.
O importante é aprender a aceitar e agradecer tudo o que temos (não confundir com acomodação). Quando você agradece e aceita fica em estado vibracional tão positivo que a intuição e a criatividade são despertadas. Surgem, então, as possibilidades de transformar a vida para melhor!

*Vera Caballero é  Professora de Yoga, numeróloga, terapeuta floral, reiki master, massoterapeuta, ministra cursos e palestras sobre Bioenergias. Para entrar em contato, escreva para: contentamento@ig.com.br – Site: Alma Serena

domingo, 7 de abril de 2013

Entrevista concedida ao site Ciências Paralelas

Olá amigos,

Em abril fui entrevistado pela editora Diana Bresolin do excelente site Ciências Paralelas.

Confiram direto no link http://www.cienciasparalelas.com.br/?p=1025 e não deixem de ler também as outras matérias do site.

Grande abraço.



domingo, 3 de março de 2013

Quando nasce um bebê, a vida renasce

                             Quando nasce um bebê,
                                 nasce uma mãe,
                               nasce a cumplicidade,
                                 nasce a delicadeza,
                                    a insegurança,
                                   nasce o diálogo,
                            e a vontade de viver mais,
                              quando nasce um bebê,
                                    a vida renasce.

                                                (Texto acima extraído da propaganda da Johnson & Johnson)



Vida que renova vida! Pequeno que completa o grande! Pureza que limpa a sujeira! Simples que ensina ao complexo! Amor que golpeia o egoísmo!
O maior estímulo, muitas vezes, vem da simplicidade, do gratuito, do singelo. De tão óbvio e claro se torna transparente aos nossos olhos. Infelizmente, perde-se mais uma chance e a vida se atola na próxima tempestade.
Atenção aos julgamentos e às percepções. Qualquer pequeno sinal pode ser a principal ferramenta para renascer, para vencer, para se transformar. Olhos bem abertos!

Leonardo Francisco Pereira Marques
Março/2013

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Relato de uma mudança de vida


Leonardo Francisco Pereira Marques
Fevereiro/2013

Em 2010...
Mudar a vida por quê? Não tinha nada de errado comigo! Tinha casa, carro, boa comida, boa bebida, graduação em Administração, empresa própria, namorada, familiares que me adoravam, alguns bons amigos e por aí vai! Reclamando de barriga cheia, é claro! Quantas pessoas no mundo têm isso? E eu querendo algo mais! O jeito foi me convencer novamente que tudo estava normal, nada errado na vida, tudo certo, a vida que qualquer um pedia a Deus.  Mas o bem estar durava pouco e logo vinha a insatisfação.
Por mais que eu tentasse não conseguia me manter bem, mas por quê? Eu tinha tudo! Tudo? Será mesmo? Mas não é isso que todos buscam e eu já tinha? Será que todos estavam certos e eu, errado? Mas, espera aí! Neste momento de parada em meio aos questionamentos, resolvi fazer algo que nunca tinha feito até então –  uma análise de como estava verdadeiramente a minha vida.
Tinha passado dos 35 anos, mas não me considerava um homem independente, autoestima lá embaixo, ansiedade lá em cima, pesava 105 quilos, não praticava esportes, alimentação péssima, rica em gordura, toxinas, doces e muito refrigerante. Meu trabalho já não fazia mais sentido, nada de férias há 10 anos, era do trabalho para casa, da casa para o trabalho, sem vida social. Meu stress estava em alto nível, irritação o tempo todo, dores de cabeça, poucas horas de sono e, como nada é por acaso, acabei desenvolvendo hipotireoidismo.
Fiquei pasmo! Tinha acabado de descobrir que não vivia e, sim, sobrevivia. De que adiantava status, bens materiais e dinheiro, se não me sentia plenamente feliz, se não me sentia vibrante? Qual era o sentido da vida de que tanto falamos? E missão, existia isso mesmo? Existiria outra forma para se viver? Como encontrar isso?
Essas eram mais algumas questões que se acumulavam e ajudavam a atormentar minha cabeça, mas mesmo assim não eram suficientes para eu “dar um basta”. Minha zona de conforto e meu medo da mudança ainda eram mais fortes, mas isso era por pouco tempo.
Em mais um dia difícil de trabalho, encontrava-me muito cansado, então resolvi ir mais cedo para casa. Pedi ao meu funcionário que fechasse a empresa às 18 horas e fui embora. Lá pelas 19 horas, recebo um telefonema deste mesmo funcionário, que já deveria estar em sua casa, dizendo que a empresa havia sido assaltada por 4 homens armados que, ao exigirem dinheiro, repetiam várias vezes o meu nome querendo saber se eu estava no local. Naquele momento parecia que uma bomba havia explodido em minha cabeça. Definitivamente aquele era o pior dia da minha vida. Sentir a violência urbana de perto e ver o resultado do meu trabalho cair nas mãos de ladrões era muito ruim! Sem falar na sensação de insegurança que permaneceu por muito tempo, afinal, não sabia se eles iriam voltar e se queriam algo diretamente comigo. Dias e noites terríveis. Medo, tristeza, pessimismo, desilusão... Eu estava em frangalhos! Mas, apesar de tudo, uma coisa boa aconteceu: a minha vontade de mudar se tornou mais forte que o meu medo da mudança.
Chega! Não dava mais! Não era daquele jeito que eu queria passar o resto da minha vida! Tinha que existir algo maior, um sentido para a vida, algo que me deixasse plenamente feliz e motivado para crescer mais e mais! Mas de que forma encontraria esse caminho?
Em meio às turbulências, de uma coisa não podia me queixar, e sim me orgulhar: sempre tive uma família que esteve ao meu lado e, dessa vez, não foi diferente. Recebi o carinho, compreensão e atenção de meu pai Francisco, meu irmão Ricardo e principalmente de minha mãe Nilza e de minha namorada Carol. Foram verdadeiras manifestações de amor que fortaleceram minha busca pelo novo caminho. Mas qual?
Tentei descobrir em algum grupo de discussão, religião, conversas com amigos, mas nada me tocava. Procurei observar as pessoas no intuito de achar aquela que estava verdadeiramente feliz, aquela que poderia ser um exemplo, uma referência, mas me deparava frequentemente com a mentira e o fingimento. Como as pessoas mentem sobre o seu real estado de espírito! Ou talvez nem saibam e acabam se enganando! Como elas estão cegas e não enxergam um palmo sequer diante dos olhos! Continuei a procurar e o exemplo estava mais perto do que imaginava. Foi só olhar para o lado e ver minha mãe, uma mulher jovem, bonita, ótimo condicionamento físico e saúde, equilibrada, verdadeiramente feliz, próspera e ainda conseguia tempo para ajudar os outros. Agora digo para mim, como pude ser tão cego e não enxergar esse caminho que estava ao meu lado em toda a minha vida? Um dia vou saber o porquê, mas naquele momento, o importante era absorver toda a informação de minha mãe.
Em nossas conversas, muito me dizia sobre uma nova forma de encarar a vida, sempre com confiança, positivismo, coragem, pró-atividade, mas nunca deixando de lado os cuidados pessoais, principalmente o físico e a saúde. Engraçado, desde criança sempre a escutei falando sobre isso, mas nunca dei a mínima. Temos o péssimo hábito de achar que nossos pais sabem menos da vida que nosso círculo de amizades, escola, trabalho, livros e mídia. Acredite, esse erro pode ser fatal! Até hoje troco idéias com minha mãe, jamais dispensarei suas opiniões, elas fizeram diferença em minha vida e serei eternamente grato!
Mesmo com essa nova perspectiva, eu ainda oscilava bastante entre dias de muita motivação e dias de extremo desânimo. Foi quando minha mãe me levou em seu terapeuta holístico, o Charles, para que ele olhasse e harmonizasse meu campo bioeletromagnético.
O Charles acabou se tornando uma pessoa muito importante, além de um grande amigo, neste meu processo de mudança. Já o conhecia há vários anos, mas, até então, nunca tinha sido atendido por ele, nem tínhamos alguma convivência.
Ainda consigo me lembrar da sua fisionomia de espanto ao me rever naquela situação, mas damos boas risadas quando ele se lembra que eu estava tão gordo que os botões da minha camisa pareciam que iam estourar e pular dentro dos seus olhos. Naquele mesmo dia, fizemos um acordo, ele iria me orientar e em contrapartida eu teria que me dedicar ao máximo. Foi uma conversa clara, onde fez questão de me mostrar que a mudança dependia de mim e não dele. O seu trabalho era importante e seria feito com dedicação, mas o segredo para o meu sucesso seria o meu envolvimento e ação.
A primeira coisa que aprendi foi que sou responsável por tudo que acontece na minha vida, pelas coisas boas e também pelas ruins. É fácil enxergar nosso mérito nas vitórias e mais fácil ainda jogar a responsabilidade do nosso fracasso para terceiros. “Não consigo isso por causa do governo, do meu patrão, dos meus pais, da minha esposa, dos meus filhos, do tempo, do dinheiro” e por aí vai. Está errado! Se não consigo êxito, é somente por minha causa, pois os terceiros só me influenciam se eu permitir. Isso mesmo, se eu permitir! A decisão e a escolha são minhas! Não permitindo essa influência, as rédeas da situação ficam onde sempre devem estar: em minhas mãos. Confesso que foi difícil entender isso, mas ao compreender pude chegar a uma conclusão muito importante. Se sou responsável por tudo em minha vida, não dependo de ninguém para nada. Se aparece algum obstáculo, vou lá e resolvo, mas se preciso de ajuda e não a tenho, vou lá do mesmo jeito e resolvo sozinho. Se aparecem vários problemas para chegar a um objetivo, não desisto, vou resolvendo cada problema até chegar, não importando quanto tempo e dedicação precise, mas eu chego!
Aprender que os pensamentos influenciam meu dia-a-dia foi uma tremenda novidade! Sempre achei que era conversa de oportunistas para ganhar dinheiro e quando o Charles veio com esse papo, logo pensei que havia caído nas mãos de um charlatão ou algum daqueles fanáticos esotéricos! Resolvi “pagar para ver”, afinal de contas, a forma com que eu enxergava a vida não me satisfazia, tinha me levado a um estado físico e emocional desequilibrados e isso, definitivamente, não queria mais. Queria algo novo, diferente do normal, portanto foi de suma importância manter a mente e coração abertos. Desde então passei a direcionar meus pensamentos para o lado positivo, sempre de uma forma confiante, otimista e, mais importante, sem ansiedade. E não é que dava certo!
Com essa nova forma de pensar, as coisas começavam a ter um movimento diferente em minha vida, comecei a me sentir mais confiante, independente, seguro. Os acontecimentos do dia-a-dia pareciam me favorecer e quando surgia algum aborrecimento, tentava me manter equilibrado para que a raiva, preocupação e tristeza não alterassem o novo padrão de vida que havia escolhido. Parecia que enxergava novas cores, novas perspectivas e saber que meu destino estava em minhas mãos e que poderia pensá-lo e realizá-lo conforme o meu querer, proporcionava mais graça e sentido na vida. Definitivamente estava entusiasmado!
Diante de um emocional mais equilibrado, chegava a hora de cuidar do físico e da saúde. Todos nós sabemos que alimentar-se corretamente e exercitar-se frequentemente são primordiais para uma vida saudável, mas o complicado é colocar em prática. São tantas desculpas que surgem e tantos afazeres diários que nos ocupam, que acabamos deixando o básico de lado. Chegamos até a ensinar aos nossos conhecidos quais são os alimentos saudáveis e quais exercícios físicos são bons para queimar calorias, mas aplicar que é bom, nada! Ter o conhecimento sem saber utilizá-lo não significa muita coisa.
Mas por que agimos assim? Simplesmente porque estamos sempre nos colocando em segundo plano, tudo se tornou mais importante do que nós. O tempo que poderíamos estar dedicando a nós, sempre doamos para a família, para os amigos, para os animais de estimação, para a casa e principalmente para o trabalho. Entender que devemos servir, mas nunca nos deixar de lado, foi fundamental para me motivar a cuidar do físico e da saúde. Descobrir que sou a pessoa mais importante de minha vida parecia egoísmo, mas não é! Se estamos mais saudáveis, dispostos, alegres e vibrantes, seremos melhores servidores. Agora imagine o contrário, se estou doente, triste e sem força, como poderei prestar uma boa ajuda a alguém? Enxergar-me como prioridade e manter-me em primeiro plano tornavam-se uma regra básica em minha vida.
O desafio a mim proposto pelo Charles era grande, eliminar 25 quilos! Assustava, mas o desejo de me tornar um pessoa melhor em todos os sentidos me impulsionava cada vez mais. Compartilhei com minha mãe e a Carol o rumo que queria seguir e mais uma vez recebi de ambas um apoio carinhoso e incondicional. Gradativamente ia retirando ou reduzindo a um patamar aceitável todo tipo de porcaria da minha alimentação, refrigerantes, doces, chocolates, sorvetes, embutidos, frituras, conservantes, acidulantes, adoçantes e por aí vai. Bebidas alcoólicas não precisei tirar, pois não tinha hábito de bebê-las. Em contrapartida fui selecionando alimentos mais saudáveis para compor o meu prato, carnes magras, verduras, legumes e frutas, acompanhados por água ou sucos naturais. Para não ficar muito difícil e radical, reservava os domingos para “chutar o balde”, mas logo no dia seguinte voltava firme para minha meta.
Só de ter esse cuidado, meu consumo calórico caiu acintosamente e minhas medidas foram diminuindo. Cada furo no cinto que diminuía era uma festa e mais uma carga de motivação para continuar. Se desanimava por algum momento, fazia um esforço para resgatar o foco e trazer para minha mente o meu objetivo e minhas recentes conquistas.
Quanto à atividade física, reservei um tempo “sagrado” para realizá-la, e nada nem ninguém eram importantes o bastante para substituí-la. Isso foi primordial também para que as outras pessoas aprendessem a respeitar os meus novos limites. Comecei de leve, passei a fazer caminhadas diárias e aos poucos fui aumentado o tempo de duração e a intensidade. Poucos meses depois já estava conseguindo correr, quem diria! Paralelamente fazia musculação para fortalecer os músculos e flexibilizar os movimentos. Com esse acréscimo de gasto calórico, não deu outra, fui eliminando peso e em apenas 1 ano e 8 meses tinha vencido o desafio.
Essa conquista significou muito para mim. Era uma prova concreta de que eu era capaz. Sentia-me muito mais saudável, corajoso, disposto, calmo, feliz e com a certeza que a minha nova forma de pensar estava correta. Tinha consciência que começava a experimentar o tão desejado estado de graça e, além disso, que meu destino definitivamente estava em minhas mãos.
Nas minhas longas conversas com o Charles, fui percebendo que, desde criança, vamos absorvendo uma série de informações e crenças que aparentemente são boas, mas que, na verdade, nos limitam, e uma delas é nos contentar com o que somos e temos. Mas por quê? Se existe algo melhor, por que não buscá-lo? Se não estou prejudicando ninguém e sinto que posso e mereço, por que não? Foi pensando assim que decidi trocar de profissão. Como disse, já não me sentia identificado com meu trabalho e, apesar de ter aprendido muito com ele, o ciclo havia finalizado e naquele momento queria descobrir em mim novas potencialidades.
Ao direcionar meu foco e desejo, sem ansiedade, na venda da minha empresa, não levou muito tempo para surgir um comprador. Foi uma negociação bem rápida e logo estava frente a frente com outra mudança na vida: minha profissão. Essa foi menos trabalhosa, pois com o emocional e o físico equilibrados, qualquer obstáculo tem uma dimensão bem menor. A minha base estava sólida!
“O que você quer fazer?” Era a pergunta que o Charles sempre me fazia, dizia que ainda não sabia, mas o fato era que cada vez que ia ao seu consultório, admirava mais a profissão de terapeuta. Até que um dia tomei coragem e respondi sua pergunta, “quero fazer isso que você faz”! O engraçado é que ele deu um pequeno sorriso onde transparecia que já sabia que essa seria minha escolha.
Nos meses seguintes transcorreu a minha preparação para a nova profissão: cursos, pesquisas, estudos e muito treinamento. Charles sempre me alertava que os cuidados pessoais não poderiam cessar jamais, pois mais importante que a técnica de terapia e a experiência, é o terapeuta estar saudável e equilibrado física e emocionalmente.
Segui tudo à risca e logo estava com minha sala atendendo meus clientes. Mais um desafio vencido e eu mais alegre, disposto, confiante e realizado. Tornar-me um terapeuta holístico me levou mais perto da minha essência! Cuidar de pessoas é formidável! Vejam que interessante: se um dia aprendi a importância de tomar decisões e atitudes para transformar minha vida, agora ajudo e ensino as pessoas a vencer seus desafios, sejam eles físicos, emocionais, afetivos, familiares e outros. Até a minha história está servindo como base e exemplo para os clientes. O segredo é ter foco, paciência, persistência e disciplina.
O que mais tenho a relatar é que vale à pena todo esforço! Cada obstáculo que fica para trás se transforma em alegria e entusiasmo. Escolher e buscar a boa saúde, equilíbrio físico e emocional, tratar as pessoas com amor e direcionar pensamentos, faz com que a vida produza sempre acontecimentos favoráveis. Parece que tudo dá certo, que nos transformamos em ímãs de coisas positivas, sem menos esperar nos surpreendemos com fatos agradáveis.
Minha vida afetiva tomou esse rumo. Casei-me com a Carol, minha companheira, incentivadora e amante. E hoje, em pleno 2013, esperamos o nascimento de nosso primeiro filho, o Lucas. Dá para imaginar o tamanho da felicidade que estou sentindo em ser pai? Mais uma mudança! Mas felicidade maior é saber que me tornei um bom exemplo para o Lucas, principalmente quando escutar dele o que todo filho diz: “quero ser igual ao meu pai”. Poderei contar minha história, minha visão das coisas, meus hábitos e permitir que se torne um homem de mente aberta, livre e sem limites.
Pensa que vou parar por aí? Não! Já tenho novas metas pessoais, físicas e profissionais. Quero continuar expandindo minha consciência e evoluindo como pessoa. Estou sempre estudando, viajando e conversando com as pessoas. Tenho sede de aprender, pois descobri que a evolução é infinita.
Essa caminhada é muito prazerosa e pode ser ainda melhor se levarmos mais pessoas conosco. Nossa evolução pessoal tem como consequência a evolução do coletivo. Para transformar a vida não é necessário ser rico, ser jovem ou não ter deficiências físicas. Bastam apenas sua vontade, decisão e atitudes. E você, está esperando o quê?
OBS.:
As revisões gramatical e ortográfica foram feitas por Caroline Marques e Ricardo Marques.

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